Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Entre o começo e o fim...

Porque a vida não acaba quando o cancro começa... Simplesmente recomeça...

Entre o começo e o fim...

Porque a vida não acaba quando o cancro começa... Simplesmente recomeça...

10.06.18

O último fim de semana...


Cristina Ferreira

03a38fcedf3e31238a040d9fa5eabfe9.jpg

 

 

O dia D está a chegar... O "Talvez não..." é algo cada vez mais distante, cada vez menos provável... As evidências são cada vez mais claras e nítidas... Já não há como fugir... 

Dizer não, bater o pé, tentar negar ou simplesmente chorar e gritar: "Não quero!" já de nada adianta...

Este foi o último fim de semana "normal": o último fim de semana sem a presença confirmada da palavra que ainda não ouso dizer...

 

08.06.18

Equilibrando...


Cristina Ferreira

CameraZOOM-20180526114426752-COLLAGE.jpg

  

Dia após dia... Tentando apenas manter o equilíbrio...

O dia da "sentença" foi finalmente marcado... O fim da "Espera" aproxima-se e não é a passos largos... Cada minuto parece uma hora, cada hora parece um dia inteiro...

A espera sufoca, a espera angustia...

Após a "sentença" tudo pode continuar igual... Ou tudo pode mudar...

Sempre pensei que controlava a minha vida: cada passo, cada decisão, cada opção...

E de repente, toda uma nova perspectiva: já não controlo nada...

 

 

 

06.06.18

Será loucura a negação?


Cristina Ferreira

Hope.jpg

 

 

Será loucura fazer de conta que nada se passa?

Talvez se eu cerrar os olhos com muita, muita força e invocar a magia do faz de contas ... Talvez simplesmente adormeça e quiçá depois acorde... Talvez aí tudo já tenha desaparecido e nada aconteça!

 

Entrar em negação ajuda-me a aguardar enquanto espero... 

 

Quando a resposta finalmente chegar poderá magoar-me profundamente, mas até lá, e "Enquanto dura a espera..." de nada adianta nisso pensar...

 

 

05.06.18

A importância de saber fingir...


Cristina Ferreira

 

Fingir.jpg

 

 

Sempre fui boa a fingir... Sempre fui boa a disfarçar...

 

Aprendi a sorrir quando me apetecia chorar, aprendi a dizer: "Sim..." quando queria dizer: "Não!", aprendi a ficar quando desejava partir...

Aprendi a fugir da realidade refugiando-me em sonhos por realizar...

 

 

Fazer de contas que estava tudo bem mesmo quando não estava transformou-se numa característica intrínseca da minha personalidade...

Um dom de valor simplesmente inestimável...

 

E agora, "Enquanto dura a espera...", esse dom tornou-se a minha maior arma... Simplesmente fingir que não se passa nada, simplesmente fingir que não espero por nada... Fingir que tudo continua igual e vai para sempre continuar... Simplesmente fingir e dia após dia continuar a viver e a sonhar...

 

 

Pág. 3/3